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  • Foto do escritorClaudia Maria

Somos todos especialistas em segurança. Só que não

De repente a gente abre as redes sociais e vê que a maioria das pessoas virou especialista em Segurança Pública. Todo mundo tem certeza de tudo, de como resolver todos os problemas da Segurança no Estado. Estratégias, ideias, modus operantes, tudo lá. Parece até Copa do Mundo quando todo mundo vira técnico da Seleção Brasileira de Futebol. A verdade é que estamos vivendo uma guerra civil há muito tempo. Não é de agora que a situação do Rio fica pior a cada dia.

Não sou especialista em Segurança Pública mas observo essa situação há muito tempo como profissional que trabalhou nas ruas durante 15 anos. A estratégia das UPPs, por exemplo, estava muito claro que não poderia dar certo a longo prazo. Tenho certeza de que muita gente nunca vai perder da memória a imagem daqueles soldados do tráfico fugindo do Alemão depois que a Polícia colocou um carro de som dizendo que estava chegando.

Ao contrário do que imaginava o programa foi elogiado até fora do país! Enquanto isso os traficantes invadiam a Baixada. Bairros antes tranquilos foram totalmente tomados pelo tráfico. Japeri e Queimados foram as duas cidades que mais sentiram essa invasão. Japeri nunca mais será o mesmo depois disso. E o que fizeram para ajudar a cidade? Quantos se revoltaram, quem fechou rua? Nada foi feito de concreto.

Queimados também briga até hoje para ter a cidade de volta. Dessa vez a chegada do Exercito é uma decisão mais ampla. Se eles estão na Baixada para fazer figuração ainda não dá para saber mas, pelo menos, foram mandados para região. No entanto, nesse momento, precisamos que as lideranças não cruzem os braços como da última vez. Os prefeitos e vereadores precisam estar juntos para que a situação não se repita.

De nada adianta ficar falando nas redes sociais e não preparar estratégias, não se organizar. A Baixada Fluminense não pode ficar em segundo plano de novo porque o que vai acontecer é os traficantes se esconderem na região até a poeira baixar e depois voltar para suas comunidades de origem. Mas, enquanto estiverem na Baixada vão deixar seu rastro de violência sem falar que nunca saem completamente.

Portanto, autoridades instituídas devem estar a frente dessa situação e exigir respeito pela Baixada. E também de nada adianta criticar a medida, falar em golpe, desdenhar dos militares. O que temos hoje são as tropas nas ruas e é com isso que devemos trabalhar. Mais uma vez reforço que é preciso a união de todos para que possamos ao menos respirar um pouco melhor.


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